O encarcerado
Na noite escura e fria caminha um jovem
De cabeça baixa, segue apresado...
Coração acelerado, sem rumo.
Pensando sobre o sentido da vida, sonha!
Quer ser médico, jogador de futebol...
Mais as drogas lhe consomem a alma.
Cometendo um furto aqui e outro ali
Foi preso, julgado e condenado...
Mas não aprendeu, vive drogado!
Na cela fria e escura onde foi jogado
Vive dizendo que é um injustiçado
Não tem amigo, apenas os ratos.
Devido o espaço ser imundo e apertado
Os prisioneiros decidem fugir...
Ele se afugenta na ala dos drogados.
- Vamos, me diga, pra onde você queria fugir?
- Fugir pra onde seu doutor se aqui é bom viver?
- Vou te mandar pra solitária seu abestado!
Abandonado pela família vive angustiado
Já que fora condenado não quer mais viver
Planeja o dia e a forma que vai morrer.
Já velho e cansado fala com o carcereiro
Este com muito cuidado lhe dar um terçado
No outro dia aparece com os punhos cortados.