O encarcerado

Na noite escura e fria caminha um jovem

De cabeça baixa, segue apresado...

Coração acelerado, sem rumo.

Pensando sobre o sentido da vida, sonha!

Quer ser médico, jogador de futebol...

Mais as drogas lhe consomem a alma.

Cometendo um furto aqui e outro ali

Foi preso, julgado e condenado...

Mas não aprendeu, vive drogado!

Na cela fria e escura onde foi jogado

Vive dizendo que é um injustiçado

Não tem amigo, apenas os ratos.

Devido o espaço ser imundo e apertado

Os prisioneiros decidem fugir...

Ele se afugenta na ala dos drogados.

- Vamos, me diga, pra onde você queria fugir?

- Fugir pra onde seu doutor se aqui é bom viver?

- Vou te mandar pra solitária seu abestado!

Abandonado pela família vive angustiado

Já que fora condenado não quer mais viver

Planeja o dia e a forma que vai morrer.

Já velho e cansado fala com o carcereiro

Este com muito cuidado lhe dar um terçado

No outro dia aparece com os punhos cortados.

Luís Lemos
Enviado por Luís Lemos em 16/06/2017
Reeditado em 14/07/2017
Código do texto: T6029105
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.