Antes assim
Hoje pela nossa rua eu caminhei,
Senti a brisa que dividíamos,
Olhei para as nuvens, também nossas,
Sob a sombra de nossa arvore eu fiquei.
Não consegui segurar,
Minhas lágrimas molharam o chão,
Uma forte dor invadiu o meu peito,
Em vão eu estendi as minhas mãos.
Busquei-te, e nada encontrei,
A vertigem me confundiu,
Minha visão foi esmaecendo,
Sem forças ao solo fui descendo.
Nele quero permanecer,
Não vou sair, prefiro morrer,
Misturar-me a relva,
Na mesma relva onde te amei.
Também não quero ser encontrado,
Quero ser esquecido, ignorado,
Um indigente é o que serei, Antes assim,
Do que vivo, mas, pelo amor desprezado.