Odeio
Odeio tudo que nos mantém distantes
Que não permite que seja como antes
Que nos faz vagar como dois errantes
Que impede a união dos amantes.
Odeio não estar com as pernas entrelaçadas as suas
Não poder beijar e acariciar suas costas nuas
Procurá-la sem sucesso por todas as ruas
Não contar em seus olhos o tempo pelas luas.
Odeio não saber o que você anda pensando
Os lugares que atualmente está frequentando
Se minha imagem na sua retina está se apagando
Se entre nós, o espaço está cada vez mais aumentando.
Odeio não saber como me comportar a respeito
Não saber onde e porque as coisas deram defeito
Caminhar com esse vazio imenso no meu peito
Viver na eterna incerteza se ainda dá para ter jeito.