Solo sagrado

Quem já amou sente as células das flores, contempla estrelas

em seus firmamentos, degusta o brilho que delas advêm!

O solo é sagrado,

não grita,

não oscila seus sentidos!

Quem amou não desaprende o que lhe foi dado por natureza,

pois, pra terra boa, só uma catástrofe pode revirá-la!

Causa-se então uma estranheza, angústia inexplicada,

mas ao amanhecer, em tempo hábil, tudo renasce,

o tempo torna a dor em alegria!

De sentinela eis uma multidão a preitear tais solos,

mas no que é sagrado não se pode tocar!

Há fineza de sementes escondidas,

camufladas por entre espinhos

que esquecidos dormem!

Milagres compõem o respirar

por entre os montes

do inexplicável!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 06/06/2017
Reeditado em 06/06/2017
Código do texto: T6019627
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.