Palavras ao vento.

Pobre alma,

Coitada, jogada as traças,

Esquecida no calabouço de meu corpo,

Meu corpo, prisioneiro nesta alma confusa e descuidada,

Eu... Solitário e tão só,

A mendigar esse amor de perdição,

Esse amor que me corrói por dentro,

Que me desatina,

Que me fascina,

Que me destrói,

Esse amor que veio inesperadamente,

Surgiu destes seus olhos tão brilhantes,

Na tarde daquele dia,

Naquela bela praça chamada Paris,

Você estava lá, entre as rosas do jardim,

Brilhava mais que o rouxinóis,

As aves encantadas cantavam juras de amor,

Eu sou apenas um poeta esquecido em um canto qualquer,

Um poeta com seus papéis desordenados,

Um poeta loucamente apaixonado,

Meu amor de perdição,

Amor proibido,

Amor tão querido,

Amor tão distante e improvável,

Amor que me destrói,

Amor que eu não queria amar,

Mas o meu coração tão teimoso que é,

Só quis saber de você,

Só do seu amor,

Só de te amar.

Meu corpo,

Aprisionado a essa pobre alma,

Meu coração desesperado,

Prisioneiro desse seu amor cruel,

Prisioneiro destes teus olhos tão brilhantes,

Prisioneiro destes teus lábios de puro mel,

Eu que tanto te amei,

Eu que passei noites em claros,

Noites inteiras pensando em você,

Na doce imaginação dos teus lábios nos meus,

Em perdidos beijos,

Ardentes desejos,

Noites de amor,

Eu que tanto te amei,

Em desespero de alma,

Como um poeta ébrio a beira do mar,

Eu que tanto te amo,

Ainda te amo,

Cada vez mais eu te amo,

Do começo ao final das estações,

Anjo ledo dos meus sonhos,

Talvez um dia desses,

Nós possamos nos encontrar,

Talvez um dia desses,

Nosso amor se torne real,

Muito mais do que a tinta no papel.

Teu corpo,

Áureo corpo coberto de luz,

Quisera eu poder tocá-lo,

Sentir em minhas mãos tua pele macia,

Tua carne tão provocante que me leva a loucura,

Eu... Tão triste e tão só,

Um poeta da Solidão,

Perdido em um pequeno mundo de vãs imaginações e pensamentos imperfeitos,

Eu... Tão triste e só,

Vendo-a parada na minha frente,

Ao alcance das mãos,

Mas, não posso tocá-la,

Ao alcance dos lábios,

Mas, não posso beijá-los,

Você ali diante de mim,

Eu... Tão solitário e só,

Observando toda a sua grandiosidade,

Divina mulher,

Anjo ledo que veio do céu,

Eu te amo com tamanho desespero,

Que as palavras não se contém dentro de mim,

Eu... Solitário e tão só,

Choro os meus versos de amor,

Poeta miserável que sou,

Sem o teu amor,

Sou apenas palavras ao vento.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 05/06/2017
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