A AVE NEGRA (OBRA DAS TREVAS DO ALTAR DE SATÃ...)

Poema para a senhorita donzela: Seungmy Oppa com carinho...

A AVE NEGRA

Ave negra

que de longe regressou

Tão distante estava

Nas trevas do Inferno

no geena de lágrimas

Ave negra de loucuras sem sonhos

Contempla o abismo da cidade

Voa ao redor dos sepulcros

dorme ao lado de ninhos de vermes

Vermes de uma sociedade cativa

Cativos somos e tu és livre

Livre para amar as trevas

As trevas que assombram as

crianças

Demônio de mil olhos

Ave de dez asas

Anjo da natureza esquizóide

criatura eleita na noite sem fim

A lua arrebata tuas trevas ao fim

Ave negra que espreita os ladrões

Ladrões do amor

Ladrões do ódio

Ave negra de Estrela apagada

Na cidade do silêncio não áh flores

Não áh monstros de Einstein

Einstein está morto

Nietzsche está tendo pesadelos

Kant ficou mudo

E Maquiavel escrevre poemas

Ave que apaga as luzes dos bêbados

Ave caridosa de egoísmo

Ave gentil na navalha que corta todo

preconceito

Por onde os portões do Inferno

chama

Por onde os portões do Inferno

acalenta

Por mais luares nos teus olhos

Nada mais faz sentido

E um beijo cura a morte

Ave negra onde os vermes sonham

De Shakespeare num suicídio bobo

Por muito ele morre

Por muito o vicio da cidade chama ao

sacrifício dos presidiários do tempo

Onde ave negra apaga essa chama

Pro Inferno!

Pro Inferno!

Pro Inferno!

Ou invoquemos o Paraíso?!

A ave negra sequestrou a luz

A ave negra morta está no lodo

A ave negra percorre o caminho das

sombras do tempo

Das sombras do amanhã perdido

Onde nada mais demonstrará afeto

Por mais estranho que seja o amor

os deuses só degolam no altar os

fortes

Pois a morte é um eterno ocultar no

sangue

Onde a vermelho do amor foi

inspirado nos teus olhos de canção

urbana?

Por onde os dias cobram o viver

imortal?

Ó ave de escuridão do esotérico

lunar

Da lua que chupa o néctar da boca

dos anjos em formosura milenar?

Pois ave negra relembra num poema

urbano tua existência infima o morrer

violento que não termina?

Eu te encontro líria de Eva

Elixir de mel das letras num poço

sem fundo, mas rico de juventude da

noite imortal

Ave negra cospe o pecado

Ave que atravessa a carne e seca o

sangue

Por mais idiota as minhas palavras

na tua boca, a razão do pecado é que

o meu orgulho consome as tuas virtudes.

Quando vais existir uma beleza que

roube pra si a felicidade da graça

plena em honesta escuridão?

Morre uma rosa nasce um baôbar

gigantesco de curto atrevimento,

mas exuberante de um perfeito

Paraíso na terra.

Andem e falem que na lua da

consciência os escreveres de

desejos não surtem efeito na

perfeição de uma formosura

feminina...

Ave negra tu tem as chaves do

terceiro céu?

Eu tenho o passe do bordeu nobre de

virgens sedentas de calor...

Pois por morrer um pensar maldito

Eu maldito sou por querer uma

poesia, dignificada em deleites da

velhice.

Ave negra dormindo está

Ave negra corrompe as trevas

Escuridão de amores rebeldes,

Ave de uma ciência cancerígena

Tudo é um percorrer cego

Tudo é uma graça intangível

E nesse sonho de nós milhares de

seres

Um pobre mulato escreve seus

devaneios em fluoxetina...