Súplica de um errante
Ouvi aquela música,
Ela falava da distância,
Da entrega, da traição,
Do sofrimento e da paixão.
E eu no bar sozinho na mesa,
Falando às paredes,
Bebendo para enganar a tristeza,
Já não tenho mais você.
A minha esperança se foi,
A chuva cai, parece chorar por mim,
Lembrei-me da nossa última conversa,
Ali começava o nosso fim.
Arrumei as malas e fui-me embora,
Você não me desejou boa sorte,
Não chorou, estava fria,
Com a frieza da morte.
E meu tormento então começou,
Com a força da paixão meu grito ecoou,
No mundo só sofrimento encontrei,
Sem você tudo acabou.
Não sei mais o que fazer,
Volte e restaure o meu viver,
Acabe com o meu sofrimento,
Já não suporto mais padecer.
Sem você não tem graça viver,
De bar em bar e pelas calçadas caindo,
O vento frio me cortando,
Por favor, volte para mim.
Dê-me uma chance,
A minha vida venha devolver,
Estenda-me as suas mãos,
Ouça a súplica de um errante.