Sucumbindo
Tenho amor demais sou um caso perdido,
A loucura me dominou, as lembranças me ferindo,
O tempo de tristeza não quer findar,
Gasto o meu tempo nisso a pensar.
Minhas atitudes são em vão,
Feito um vagabundo pela noite saio a vagar,
Somente a lua me compreende,
Minhas lagrimas vivem as estrelas refletindo.
A sarjeta é minha companheira,
Somente um cão velho e sujo me acompanha,
As pessoas passam e não me percebem,
Afinal sou um bêbado pelas ruas caindo.
Tenho saudade de um tempo,
Em que havia luz no meu olhar,
Meu coração batia forte,
Sentia-me poderoso e confiante.
Ela me fez acreditar, ela me ressuscitou,
Revesti-me de coragem e para a vida de novo sorri,
Me senti vivo e meus sonhos desarquivei,
Então bem alto eu voei.
Mas de repente tudo acabou e em parafuso eu entrei,
Confuso do alto dos meus eu sonhos despenquei,
Agora vivo atônito e sem forças me sentindo,
Meu coração a todo instante a volta dela fica pedindo.
Como um rio secando eu estou indo,
Minhas forças estão se acabando,
Em um pântano eu me encontro e a lama está me cobrindo,
Aos poucos estou morrendo, lentamente vou sucumbindo.