Enquanto houver folhas
O amor é sempre uma dor
Por isso a rima acima.
É a lágrima que escorreu
Do nó que a garganta apertou.
É admirar-se de sua simplicidade
É cair em seus emaranhamentos.
É esse esvaziar
É esse sufocar.
É esse chamado
Sem caminho indicado.
É esse jogo de morte e vida
Que enterrado em alguma coisa fértil
Não se acaba ainda.
O amor é esse dizer tanto
E morre todos os dias
Com a última folha em branco.