Sol poente
Lábios tenros e macios levaram-me aos céus,
Foi um passeio entre as estrelas,
Pressa não existia,
Mais e mais nós queríamos,
Lenta e gostosamente,
Naquele beijo a gente se consumia.
O tempo parou e a lua se aproximou,
A chuva que ameaçava intimidada esgueirou-se,
Corujas observavam,
E o nosso beijo continuava,
Com o que acontecia à nossa volta,
A gente não se importava.
Eu me consumia e ela se entregava,
Uma paixão louca e desvairada,
Pena que foi só esse momento,
Pois nossos destinos são diferentes,
Ela se assemelha ao sol nascente cheia de vida e iluminada,
E eu ao sol poente, já caminho para o fim da estrada.