As pérolas dos dragões
Os campos de arroz nos tropicais pavilhões
O ovo do sol, no ninho do alabastrino lábaro
Urbanos, Corteses, Polidos
Povos de Lamas tão lhanos
E artesãos tão sofisticados
Mas a maior arte escrevem com sangue
Suas filhas, donzelas astrais
Os olhos celestes
Negros abissos, báratros, pélagos, voragem...
Assim como as caliginas cascatas dos lisos cabelos
Infinitos, siderais
Arte albugínea
Talhada por Deus em áureo formão
Ou então esculpida pelos ventos sagrados
Moldada pela sabedoria
De alguma excelsa mão
Ó felinas felizes e dignas filhas do Oriente
Que sonha fantasmas, gigantes, guerreiros, demônios
Dai a esse poeta ocidental
Se não pode ele viver em tuas quimeras
Como devaneio ideal
Possam vocês viver em seus sonhos