UM FARDO DE AMOR
Sempre penso nela,
renovo o pensamento.
angustia, tormento.
dispara o coração
desnorteado.
Volto e recordo
momentos felizes.
Inconstantes,
é bem verdade.
Mas, o que importa ?
Agora, já terminou,
foi um sonho que findou,
levou consigo,
a paz, a luz, a vida..
deixou-me sem guarida.
Ficou em seu lugar,
apenas pesar,
desencanto e dor.
Lentamente, o amor
foi-se distanciando,
como que, dobrando,
a esquina da rua.
daquela rua onde
víamos a lua,
passar sorrateira,
escondendo-se do dia,
que me mandaria
embora....
Sobrou só um
fardo pesado,
que precisa ser
carregado.
Quem sabe
por quanto tempo ?
Uma eternidade ?
Não sei, talvez...
Só a serenidade
far-me-á recobrar
a tranqüilidade.
Coisas do coração
que a própria razão,
não explica...
Por que?
Porque não
tem explicação.