O ROSTO DO AVESTRUZ
Se o avestruz, em um buraco,
esconde o rosto,
deixando o corpo a luz...
Eu, me sentido fraco,
pelo abandono e desgosto,
não sei onde fico.
E por não ter o seu amor,
sou mais um beija-flor,
sem ter onde por o bico.
Entre as aves, há diferenças,
que não se podem comparar.
Porém sem sua presença,
não consigo me encontrar.
Sinto-me pequeno, caído.
E como um beija-flor, perdido,
sem saber o que fazer.
Se, faço como o avestruz,
escondendo meu rosto,
pra que não vejam meu desgosto,
ou se como um beija-flor fico,
sem saber onde por o bico.
Nova Serrana (MG), 25 de setembro de 2007.