Aspas culpatória

Não me calo por consequência

Deste amor que me ignora.

Que me condena a tal sentencia,

Que me deixa ir embora.

Sem antes recorrer à outra instância,

A defesa deste coração que implora.

Que sofre com a cruel arrogância,

Do frio e injusto abandono lá fora.

Que humilde pede em clemência,

Em voz mansa e simplória.

Que deseja no amar a incumbência,

Do perdão da acusatória.

Que persiste com a insistência,

Com as cruas aspas culpatória.

Que mata o amor na leniência,

De o isolante errar ditatória.

Assim o coração pede sequencia,

Para que a solidão não nos enrola.

Deixando em nós a dura ausência,

Dos argumentos que nos arrola.

No corpo fica a demência,

Dos carinhos de outrora.

Deixando a inconstância,

Do tempo vira a hora.

E os versos sofre interferência,

Neste poema que se finda agora.

Para que não fique a intolerância,

Do sentimento que nele aflora.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 22/05/2017
Código do texto: T6005926
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.