Coisa de demente
Nega a paixão,
Diz preferir a solidão,
No passado ficou o amor,
Sepultado, enterrado,
Engana-se então.
Pensa ter um disfarce bacana,
Mas no seu rosto está estampado,
Não revela o nome dela,
Diz ser uma quimera,
Foge pela tangente.
Diz que o amor é coisa de demente,
Mas a noite sente-se aprisionado,
Com o coração apaixonado,
É só nela que ele pensa,
Está obcecado e morre lentamente.
Pelos cantos abandonado,
Sabe não ter chances e luta desesperado,
Vive o romance de um só,
O mais puro amor vai para o túmulo com ele,
Porque jamais poderá ser revelado.