F, de fatalidade.

Ele chegou certa manhã

Surgindo dos meus sonhos

Entrando na minha vida

Ele veio como o sol

Simplesmente veio

Para mim brilhando

Em meu coração

E entrou no jardim

Triste do meu coração

E eu o deixei desabrochar

A mulher que havia em mim

Numa linda flor em rosas

Sem espinhos eu me transformei

Quando despertou em mim

O mais puro amor

Por ele eu me apaixonei

A ele eu dei o céu

E as estrelas lhe mostrei

Enquanto passeava

No meu lindo jardim

Trazia nos olhos do destino

Que se assemelhava

Com minha felicidade

Ele se assemelhava

Com minha alma

Tudo era belo

Tudo era encanto

Ele era a vela

A chama era o amor

Que aquecia meu coração

Ele transformou meu universo

Minhas correntes eram

Feitas de amor

Minha vida tornou-se

Uma poesia que

Cantava pelos ares

Ele me envolvia

Todos os dias

Eu era uma mártir

Das suas caricias

Eu era feliz

Eu era triste

Mas eu o amava

Era meu homem

Com nome alado de voar

Como um pássaro e assim

Ele deixou o jardim

Triste do meu coração

Sem nenhuma razão

Eu me encolhi na

Minha própria alma

Simplesmente em uma criança

Eu me transformara

Dependente tão carente

Desse amor

Que transformara

A minha vida

Mas eu compreendi

Ele é só um homem

Com nome alado de voar

Em liberdade

E o pássaro morreu

Em um verão

No jardim do meu coração

Deixou em mim o amor

Com cor de cinza

E na minha vida um

F de fatalidade.

Jalcy Dias
Enviado por Jalcy Dias em 21/05/2017
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