POEMA AO ANJO LEDO.

Poema ao anjo ledo.

Olhos tão belos e brilhante,

Olhos que surgiram naquele instante,

Quando distraído eu fitava o vento,

Quando distraído estava meu pensamento,

Lá estava a face formosa,

Lá estava a face da Rosa,

Eu que estava tão despercebido,

Eu que estava tão distraído,

Não notei seu aproximar,

Não notei o seu desabrochar,

Mas ela surgiu de repente,

Mas ela surgiu sorridente,

A minha alma se encantou,

A minha alma por ela se enamorou,

Ela que vive tão distante de mim,

Ela de uma formosura sem fim,

Sou este poeta abandonado,

Sou este aedo acabrunhado,

Desejo aqueles belos lábios,

Desejo aqueles doces beijos,

Mas o que sou se não um pensamento,

Mas o que sou se não folha ao vento,

Poeta desventurado e esquecido,

Poeta desiludido e vencido,

Não sei o que é ser amado

Não sei o que é ser o amor.

Olhos tão miúdos encantadores,

Olhos tão soturnos cheio de amores,

E lá estava eu tão sossegado,

E lá estava eu de um jeito abobalhado,

Você surgiu tão de repente,

Você surgiu como estrela cadente,

No horizonte do olhar você passou,

No horizonte do olhar que te amou,

Mas este tão desventurado aedo,

Mas este coração cheio de medo,

Queria ser águia e poder voar,

Queria ter o céu para não mais voltar,

De tristeza cerrou meu coração,

De tristeza e infinda paixão,

Os versos tão pequenos que invento,

Os versos tão pequenos ao vento,

Que talvez descreva sua beleza,

Que talvez traduza tão grande realeza,

Quisera eu beijar-te a face,

Quisera eu me perder neste enlace,

De amor se faz tortuosos versos,

De amor aos trancos e reversos,

Anjo ledo de meus sonhos de outrora,

Anjo ledo de meus sonhos de aurora,

Eu te amo em cada palavra escrita,

Eu te amo em cada frase dita,

Talvez quem sabe esse amor floresça,

Talvez quem sabe ele aconteça.

Meu coração é todo seu,

Meu amor é todo seu,

Escrevo como poeta desesperado,

Escrevo como poeta desesperançado,

A distância que hoje nos separa,

A distância acentua a dor que não para,

Virgem dos lábios de mel,

Virgem que me faz subir ao céu,

Quisera eu ser mais que amigo,

Quisera eu estar sempre contigo,

Sou este moço de palavras tortas,

Sou esta pena de palavras mortas,

Folhas secas jogadas ao vento,

Folhas secas de meu augusto lamento,

Mas diga-me mais bela flor,

Mas diga-me onde escondes teu amor,

Talvez um dia possamos nos encontrar,

Talvez um dia nos amarmos a luz do luar,

Quero que saibas meu anjo ledo,

Quero que saibas que amo sem medo,

Para você são todos os meus versos,

Para você são todos os meus universos,

Você é minha doce inspiração,

Você é a musa da minha criação,

Dediquei todas as palavras escritas,

Dediquei até as linhas não ditas,

Te amo anjo ledo,

Te amo ainda mais, anjo ledo.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 21/05/2017
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