O sorriso dos astros
Queria ser a altiva gaivota
Com força nas asas,
A alvura de suas penas macias e eletrizadas
Pairando sobre o universo de rostos
A comunicar meus desejos,
Sem que sejam passados.
Ter a coragem de subir...subir...subir...
Muito mais que um balão colorido
Tal qual um bólido em seu percurso celeste.
Queria sentir o sentimento de liberdade
De norte a sul.
Acordar com o sol livre e forte em minhas costas,
E à tardinha, vê-lo no seu derradeiro...
Suspiro diurno.
E me enternecer com o sorriso dos astros,
Que percorrem a noite.
Sentir o gozo, ao ver a Lua cheia...
Com fachos de luz imaginados,
Na cabeça!
Que meus gestos noturnos tornem-se,
Lentos.
Para de cima, ouvir o sussurro do vento.
E de asas abertas abraçar o mundo,
Num extaseamento de solidariedade silenciosa,
Voando ininterruptamente!