Mil Casos de Amor
Dona de mil casos de amor...
Ué...
Procuro por toda parte
Onde está a razão
Dessa provocação alheia
Como provas as poesias,
Tenho eu, estes mil casos?
Confesso que tudo quanto escrevo
Tem boa parte de mim,
Assim como Fulano, Beltrano e Ciclano
Se bobear tem até sobre ti,
Sim caro leitor,
Sobre ti...
Não somos todos seres com sangue pulsante?
A mercê de todas as capacidades de sentir,
Ora pois,
Amo intensamente,
Em intervalos que me impressionam
Tem quem alimente,
Tem quem me acorde,
Quem tanto me ilude,
E tem ainda quem tanto me excita
Tem quem queira seguir,
Tem quem queira fugir,
Tem quem queira ficar,
Tem quem queira queimar-se
E eu quero tudo,
E volto a dizer,
Tudo quanto escrevo é sobre mim,
Sobre ti,
Sobre o carinha da novela semanal,
Sobre o uivante som das noites frias,
Dos cálices de vinhos compartilhados,
Das marcas de batom,
De músicas vibratórias...
Tenho em meu ser várias de mim mesmo,
Sou amor e ódio
Desejo e paixão,
Posso ser a alegria
Mais ainda, tuas saudades...
Posso ser motivo
De várias causas nobres
Até mesmo a maior falência em um coração
Causadora de lágrimas e de risos
Assumo os riscos,
Mas também causam-me essa impressão
E que mal tens então?
Posso sim, entre tantas coisas
Ter meus possíveis e impossíveis
Mil casos de amor...
Driiyh Santos