Mil Casos de Amor

Dona de mil casos de amor...

Ué...

Procuro por toda parte

Onde está a razão

Dessa provocação alheia

Como provas as poesias,

Tenho eu, estes mil casos?

Confesso que tudo quanto escrevo

Tem boa parte de mim,

Assim como Fulano, Beltrano e Ciclano

Se bobear tem até sobre ti,

Sim caro leitor,

Sobre ti...

Não somos todos seres com sangue pulsante?

A mercê de todas as capacidades de sentir,

Ora pois,

Amo intensamente,

Em intervalos que me impressionam

Tem quem alimente,

Tem quem me acorde,

Quem tanto me ilude,

E tem ainda quem tanto me excita

Tem quem queira seguir,

Tem quem queira fugir,

Tem quem queira ficar,

Tem quem queira queimar-se

E eu quero tudo,

E volto a dizer,

Tudo quanto escrevo é sobre mim,

Sobre ti,

Sobre o carinha da novela semanal,

Sobre o uivante som das noites frias,

Dos cálices de vinhos compartilhados,

Das marcas de batom,

De músicas vibratórias...

Tenho em meu ser várias de mim mesmo,

Sou amor e ódio

Desejo e paixão,

Posso ser a alegria

Mais ainda, tuas saudades...

Posso ser motivo

De várias causas nobres

Até mesmo a maior falência em um coração

Causadora de lágrimas e de risos

Assumo os riscos,

Mas também causam-me essa impressão

E que mal tens então?

Posso sim, entre tantas coisas

Ter meus possíveis e impossíveis

Mil casos de amor...

Driiyh Santos

Driiyh Santos
Enviado por Driiyh Santos em 18/05/2017
Código do texto: T6002965
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