NÃO VÁ
Não vá…
Eu lhe pedi tanto,
pra que você não fosse.
Pra que você ficasse.
Pelo menos, mais um pouco.
Agarrei-me aos seus cabelos.
Em seu corpo.
Em suas pernas.
E por fim aos seus pés,
mendiguei de joelhos,
pra que você se não fosse.
Chorei muito, e muito gritei,
implorando pra que você ficasse.
Mas você me olhou duramente
dentro dos olhos,
e dizendo me adeus, sem piedade,
atravessou a porta da rua,
e foi sumindo na escuridão.
Ainda assim, lhe gritei,
mais uma vez em vão,
pois você já havia partido,
levando consigo
toda minha ilusão.
Nova Serrana (MG), 22 de abril de 2004.