SIMPLESMENTE AMAR

Nesse instante sinto uma relíquia do bem estar social

Em quase tudo que vejo, mas vejo que há uma escuridão,

Atrás da cortina de fumaça que ofusca o passo seguinte...

O problema está por ser resolvido e o filósofo Sócrates

Disse-me que Carlos Drummond de Andrade

É um mineirinho que leva a mineirice

Por onde anda e ainda se orgulha disso,

Mas eu ainda busco entender cada palavra inventada pela circunstância

Da vida que possibilita um pensar meio

Maluco por nada além do nada ausente de tudo.

Aqui embaixo vejo as nuvens formando a chuva no céu.

Daqui vejo outros parâmetros a serem comparados

E fico meio assustado com tantas diferenças do/no andar

Que até arrisco dizer que nem vale a pena tentar

Ser um pouco diferente nesse mundo tão (in)decente

Onde não há alternativas a não ser chorar

Por vermos coisas terríveis acontecendo

De tristeza estamos morrendo

Sem poder nem reclamar.

Não reclamo e vivo triste

A tristeza toma conta do olhar

Por aqui o que existe

É um sonho por sonhar

E a alegria de se viver

Outro tempo passante

Que parece nem passar

Por tamanha angústia

Que a vida parece desejar

A cada um de nós que queremos

Apenas expressar

O sentimento mais belo

Que é simplesmente amar.

Riachão – MA, 2013

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 13/05/2017
Código do texto: T5998383
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.