Como posso eu...
"Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos.”
Vinícius de Moraes
Como posso eu, ser merecedor destes olhos claros como o mar, destes lábios macios como colchas de algodão, destes cabelos dourados como ouro e de todo este carinho que é mais precioso que diamante?
Como posso eu, fingir que não sinto tanto amor?
Tu que me dás a plenitude serena neste mundo confuso.
Inquieta a Terra, o sol, a lua e todo universo
por este calmo e calado afã de carinho e ternura.
Como posso eu, ser abençoado por esta dádiva divina
de percebê-la, de tê-la em meus sonhos e pensar em ti sem preço?
Tu me deste o coração cheio de preciosidades que ninguém há de explicar, e me sinto como um menino de treze anos sem ação e reação.
Se em merecimento for, irei fazer-te a princesa mais feliz,
eu te darei todos os czares que houver em reinos monarcas (soberanos), somente para ser merecedor deste amor que quero tanto.
Numa noite enluarada, a lua minguante virará crescente,
como o teu coração que é um fascínio maior que um lapidado diamante.
Publicado no meu primeiro livro solo, "Ensaio Poético" (ed. Virtual Books) e Antologia Iambus (Ed. Ariel)
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