FAZENDA
FAZENDA
Como são ternos os dias
E tão cheios de alegrias
Na fazenda!
A amada veste o corpo
Com um vestido pouco
De renda!
O riacho, tão sublime,
Quanta paz exprime
No meu peito!
Quando chega o cansaço,
Na relva úmida faço
Meu leito!
Numa melodia sutil
Canta à sombra do Til
O rouxinol!
E seu canto de esperança
Com ardor lança
Ao sol!
Em toda a distância,
A exalar fragrâncias,
Uma flor!
E a vibrar no coração
Uma sublime canção:
O amor!
Minha amada menina
Baila pelas campinas
Amiúde!
Toda linda, semi-nua,
À flor da pele sua
Virtude!
E corre para meus braços
Para meus tenros abraços
Abraçar!
E meus lábios esfaimados
Vem, de olhos fechados,
Beijar!