AMORES ANTIGOS

Os amores antigos às vezes voltam.

Cabelos de prata e olhares sem cor.

Às vezes pedem uma saudade desesperadamente

Entre doses de amor e músicas embriagadas.

Os amores antigos às vezes voltam

E cravam no coração um último suspiro.

Afiados feito lâmina suicida,

Voltam, como voltam as horas mortas.

Os amores antigos às vezes voltam

E se instalam no albergue do tempo.

Voltam como sonhos maltrapilhos,

Vagões carregados de tempo e exílio,

Os amores antigos às vezes voltam

Olhando à distância os desvios dos trilhos.

Gilberto de Carvalho
Enviado por Gilberto de Carvalho em 12/05/2017
Código do texto: T5997401
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