MARGARIDA
MARGARIDA
Ao declinar do dia
Margarida chorava
Torrentes de poesia
E pela haste lhe escorria
A fagulha que restava
Do sol, que lhe fugia.
Ah, solitária Margarida
De amores esquecida
E de perfumes, embriagada.
Margarida do fim do dia
Chorando sua poesia
De saudade amargurada.
E ao declinar do dia,
Quando a brisa lhe afagava
E uma nuvem lhe chovia,
Margarida se entregava
À noite, que lhe dormia!…