Empresta-Me Teu Olhar de Lágrimas
As estrelas do mar dos seus olhos
Energia vital que pulsa sem corpo vivo
Afogadas, molhadas, mortas, vivas
Brilhantes, fora do meu natural: apenas poesia
Vida... à qual a morte lhe deu propósito
Lágrimas às quais provar o sabor convido
Todas as dores em teus olhos estavam escritas
Uma poesia por dia aos mortos envia
Um Universo inteiro a se expandir
Um mundo incompleto de fantasia para destruir
Uma realidade imperfeita para construir
Um amor egoísta para se deixar ir
E aqui estou, querendo guardar tudo isso aqui
Encolhendo o Universo entre os joelhos, apenas para mim
Minhas fantasias, minha realidade inventada e esquecida
Na qual mergulho, e submersa lembro da verdadeira vida
Minha música, meu amor... meu êxtase, meu embalo
Procure-me para ver se estou bem: não estou ao seu lado
Algum sentido me falta... razão de viver... algo há de errado
Dê-me um pouquinho o seu coração para mim emprestado