EXTREMA DOR
Plantaste tanta ilusão, meu poeta,
neste meu coração em calma
e pensas que não me afeta
esperanças, semeadas n'alma?
Por que razão brincaste comigo
como se não fora eu um ser digno
do teu amor, teu desejo, tua luz
que fizeste brilhar agora em cruz?
Cruz do martírio a que me impuseste
sem respeitar-me o carinho e amor,
lágrimas lavam-me a alma agreste
na aridez da desilusão nesta dor!
Bem vi que eram mentias pois a flores
semeadas não brotaram, secaram
e meu jardim morreu sem as cores
que me disseste, em flores nasceriam!
Segue, poeta, com tuas canções
em outros corações , que certamente
acreditarão no cantar da tua sereia
na pedra, de amores, prenhe!
Eugênia L.Gaio-08/05/2017