Bom Dia Princesa
Boa noite princesa!
Luar de minhas noites
raio solar que toda triste escuridão desrespeita!
Ouça o canto de seu pássaro de asas negras
-Tanto fiz, construí a lenda...
Eu queria ser temido em minha natureza!
Fui refratário em cada gesto e por mais apostos
estivesse de todos os lados, eu me fazia ausente
somente em letras difusas deixavam emergir a minha luta!
Tantos corações acusaram
Mas foi tu que me fez desmascarado!
Teus olhos puderam ver além da noite escura
e sem nenhuma mesura, mas tão cheia de brandura
adentrou em meus mistérios
Me encontrou, escondido do mundo, do grande Sol, um solitário servo!
Se inebriou em minhas poesias
pois quando longe estavas, minhas conversas com as estrelas tu ouvias!
Por ti clamei cada vez que uma flecha envenenada me atingia!
E quando chorava eu escondia a dor na esperança
de que, mesmo em outro mundo, te encontraria!
Sutil tal como uma flor alada
anunciante da primavera!
Uma borboleta recém nascida
de uma antiga era!
Eu vi chegar, nenhuma artimanha, nada que fizesse poderia a enganar
Ela sabia que eu amava tanto, que fingia por não suportar!
Por mais viesse de longe
viajante do tempo
Um amor antigo, meu milenar antídoto
era cheia do frescor da novidade de uma nova era!
tinha nos olhos a chama ardente
do amor e o seu fôlego era o ventar da liberdade!
O fim de minha longa espera!
Por um caso imaginas a grandeza da satisfação?
tão poderosa que iluminou as sombras de meu pergaminho
e diante a brancura virginal do silêncio desse contentamento
emerge de ti o lirismo que faz em poesia nosso futuro caminho!
Por um acaso compreendes o quanto és tu amada?
O coração do Corvo hoje é teu ninho Minha borboleta dourada
eu te amo e por tudo sou alma infinitamente grata!