OS POROS DO TECIDO

Depois da tempestade,

há sempre uma noite de bonança,

um momento de saudade,

e um instante de desejos,

de morder suas maçãs,

e calar sua voz com um beijo,

em mais uma linda manhã.

Pegar sua mão macia

e caminharmos juntos, no dia que se inicia.

Deixar que a vida venha fluir,

por todos os poros do tecido, que vem nos cobrir.

Olhar seus olhos com profundidade

e extrair deles toda a serenidade,

capaz de me devolver, o sentido da vida.

Onde minh'alma vagueia distraída,

em busca de aconchego e abrigo,

para repousar no seu colo amigo,

todo o longo tempo perdido,

em que por você, fiquei esquecido.

Nova Serrana (MG), 08 de fevereiro de 2008.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 07/05/2017
Código do texto: T5992572
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