OS POROS DO TECIDO
Depois da tempestade,
há sempre uma noite de bonança,
um momento de saudade,
e um instante de desejos,
de morder suas maçãs,
e calar sua voz com um beijo,
em mais uma linda manhã.
Pegar sua mão macia
e caminharmos juntos, no dia que se inicia.
Deixar que a vida venha fluir,
por todos os poros do tecido, que vem nos cobrir.
Olhar seus olhos com profundidade
e extrair deles toda a serenidade,
capaz de me devolver, o sentido da vida.
Onde minh'alma vagueia distraída,
em busca de aconchego e abrigo,
para repousar no seu colo amigo,
todo o longo tempo perdido,
em que por você, fiquei esquecido.
Nova Serrana (MG), 08 de fevereiro de 2008.