Ermo
Não estás .
Sinto na minha a boca desta noite
e corro a húmida certeza da espera.
Estou no tempo,
na fome de palavras que mordam,
arrastem,
que venham ao cântico profundo,
em que, imóvel, habito
o meu deserto.
Não estás .
Sinto na minha a boca desta noite
e corro a húmida certeza da espera.
Estou no tempo,
na fome de palavras que mordam,
arrastem,
que venham ao cântico profundo,
em que, imóvel, habito
o meu deserto.