AZUL E BRANCO

No azul, o branco

sorriso franco,

desfaz se em prantos,

gotejados pelos cantos,

manchando de fel,

as linhas turvas do papel,

que amarelado no vilipêndio,

já não deseja o incêndio,

de uma nova emoção,

carregada de paixão.

No azul do banco,

assento me branco,

pelo constrangimento,

de ser seu esquecimento.

E enquanto passa o tempo,

na invisibilidade do vento,

vou, no azul, ainda branco,

constrangido, porem franco,

desfazendo meu canto,

num triste e frio pranto.

Nova Serrana (MG),18 de setembro de 2007

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 06/05/2017
Reeditado em 07/05/2017
Código do texto: T5991795
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