AZUL E BRANCO
No azul, o branco
sorriso franco,
desfaz se em prantos,
gotejados pelos cantos,
manchando de fel,
as linhas turvas do papel,
que amarelado no vilipêndio,
já não deseja o incêndio,
de uma nova emoção,
carregada de paixão.
No azul do banco,
assento me branco,
pelo constrangimento,
de ser seu esquecimento.
E enquanto passa o tempo,
na invisibilidade do vento,
vou, no azul, ainda branco,
constrangido, porem franco,
desfazendo meu canto,
num triste e frio pranto.
Nova Serrana (MG),18 de setembro de 2007