Maio
O som da trompeta diz pra eu me suicidar;
Diz, que vai matar a minha mãe se eu escrever um texto inofensivo;
Meu cérebro diz, que não há mais amor...
Mas meu coração ainda suspira um pequeno grito de desespero esperando por você.
Enquanto, esse pequeno suspiro é latente, mas quase não-audível, a lágrima escorre dentre meus olhos quando vejo tuas fotos, olhando para a minha parede de estrelas.
Bato minha cabeça nela para minha nuca parar de doer, mas, o coração ainda chora as lágrimas de sangue que minha vida desregrada
me fez chorar.
Sinto-me preso a ansiedade! - Sinto-me preso a você.
E quando eu te falo, você não se importa.
Entro na sua rua, ouço o som da trompeta que me envia para um inferno sem volta.
Lembro-me da vez que te falei: ''Eu te amo'', vejo imagens da minha condição de deficiente sofrendo com o nazismo de Hitler e, apanho para os crentes (soldados) da Igreja Universal, no metrô.
Subo em cima de um muro e escrevo através de tinta: ''Abaixo à Ditadura''. - Mas acho sua ideologia um saco.
A minha garganta seca e ainda, sinto aquela dor triste. - A cicatriz ainda dói quando faz frio.
Mas mesmo fraco, fétido e quase sem poder andar...
Te espero no portão da sua casa e grito teu nome, mas você não me responde.
Noite fria, sensação de morte no peito... - Ainda te espero.
Mesmo que sozinho e sentindo muita dor... - Te espero por dez anos.
E meu coração não se cansa de apanhar e, de apagar meu lado racional.