Maio

O som da trompeta diz pra eu me suicidar;

Diz, que vai matar a minha mãe se eu escrever um texto inofensivo;

Meu cérebro diz, que não há mais amor...

Mas meu coração ainda suspira um pequeno grito de desespero esperando por você.

Enquanto, esse pequeno suspiro é latente, mas quase não-audível, a lágrima escorre dentre meus olhos quando vejo tuas fotos, olhando para a minha parede de estrelas.

Bato minha cabeça nela para minha nuca parar de doer, mas, o coração ainda chora as lágrimas de sangue que minha vida desregrada

me fez chorar.

Sinto-me preso a ansiedade! - Sinto-me preso a você.

E quando eu te falo, você não se importa.

Entro na sua rua, ouço o som da trompeta que me envia para um inferno sem volta.

Lembro-me da vez que te falei: ''Eu te amo'', vejo imagens da minha condição de deficiente sofrendo com o nazismo de Hitler e, apanho para os crentes (soldados) da Igreja Universal, no metrô.

Subo em cima de um muro e escrevo através de tinta: ''Abaixo à Ditadura''. - Mas acho sua ideologia um saco.

A minha garganta seca e ainda, sinto aquela dor triste. - A cicatriz ainda dói quando faz frio.

Mas mesmo fraco, fétido e quase sem poder andar...

Te espero no portão da sua casa e grito teu nome, mas você não me responde.

Noite fria, sensação de morte no peito... - Ainda te espero.

Mesmo que sozinho e sentindo muita dor... - Te espero por dez anos.

E meu coração não se cansa de apanhar e, de apagar meu lado racional.

Victor Gonçalves
Enviado por Victor Gonçalves em 06/05/2017
Reeditado em 06/05/2017
Código do texto: T5990989
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