Pélvicas angras

Pélvicas angras
onde veleja meu ébrio barco
entre suores.
Meu barco púbico
roçando o porto de tuas ancas
nos desesperos acalenta.
Se a quilha agito,
qual um corcel nos descampados
já faço água,
neste batel desgovernado
em teus desmandos.
Só sigo a viagem,
mais confortado
quando fundeio nos teus abraços;
enfim,
assédios de muitos frêmitos
me desintegram nos teus penhascos...
Quero guiar a tua canoa
sem velas
sem remos
caminhando a bombordo
fincando o pau bem profundo
rasgando as águas límpidas
na tua fonte de desejos
regar cada pétala
da tua flor viva
em desejo
e de amores
Marcia Eli
@Direitos Reservados
 
marcia eli
Enviado por marcia eli em 05/05/2017
Reeditado em 01/10/2021
Código do texto: T5990517
Classificação de conteúdo: seguro
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