Pracinha
Os velhinhos dos meus sonhos
De mãos quentinhas
De olhares cúmplices
Abandonaram o banco da Pracinha...
Sonhei-os tanto, tanto!
Tu e eu, ignorando as horas escravas
Sob um tapete de folhas outonais
Enquadrando o poente de nossas vidas...
E me recosto em teu ombro acolhedor
E te recolho em mim
Por todas as estações vindouras
Antes mesmo de se por o Sol!
Não fosse as tantas décadas abatendo os arroubos
Do nosso amor longevo
Seríamos os personagens da Pracinha!