POR UM PÁSSARO
O meu cântico, eu o entoo
nas horas primeiras do dia
como uma missão de voo
pelas claras auroras da vida!
Calar-me o canto, é como
desbotar as cores do tempo
e escurecer, com assombro
o sol e da terra, o movimento!
Sem a liberdade, minha no céu,
se rompe o encanto de toda a vida
encoberto nas dobras de um véu,
desde um tênue ser, uma formiga!
Preso nas grades douradas,
permaneço em dor de saudade
e o que todos presumem ser canto,
é o lamento do pássaro engaiolado!
Eugênia L.Gaio-04/05/2017