O primeiro amor em ti
"Tem teu nome a estranha graça
De uma galga verde, estranha."
(Cruz e Sousa)
Teu nome é uma doce aurora
Como um corpo nu e ardente,
Dá-te o ar do desejo, embora
Suavizes sem ser dolente.
Dou-te um coração no peito
Que nunca me esqueças mais,
Tens um esplendor perfeito
De uns poemas sensacionais.
És formosa como a pele
Que inda amas o suor intenso,
Que o corpo sensual revele
Em tua perversão do senso.
Que possas me amar sem medo,
Amo-te com calma, entendes
Que guardes o meu segredo,
Então vês que nunca o prendes?...
Só um pouco do teu amor,
Só um pouco da tua nudez
Com um impudor do ardor
À íntima pressão da tez.
Se aprenderes a me amar,
Que eu queira aceitar assim
Que é um íntimo e puro arfar
Após o teu beijo em mim.
Quando és voluptuosa e amável,
Sem que sofras sem carinho.
Hoje em dia, é um ar notável.
Que eu me emocionei sozinho...
Cai-lhe o sentimento em graça,
Que eu te amo, inda escutas bem...
Que a dor da dolência passa,
Quando a tua carícia vem...
Lucas Munhoz - (03/05/2017)