Espera
Na ubiquidade de teus passos, caminho...
Meus olhos resfazem céus, moldam sismos
Na saudade vergam-se os sonhos
a ideia de sanidade que a tanto abandonei,
ao acaso eu regurgito...
Mastigo os minutos de espera, o bucho seco
A fome expande.
Sequencia ao infinito,
tento acordar e não.
A distância é tudo isso que o silêncio demarca
léguas de silêncio meu tímpano consome,
o ouvido seco, surdo expande.
No tempo que se esvai ficando,
Onde o tempo vai quando consumado?
Fazer passar a vida mais de quem?
Ruir que faces jovens mais além?
Nos espaços quentes, úmidos, táteis ,
procuro teu toque em tudo ausente
a mão vazia contrai quase-prece.
pede, espera e reza - apresse.