Espera

Na ubiquidade de teus passos, caminho...

Meus olhos resfazem céus, moldam sismos

Na saudade vergam-se os sonhos

a ideia de sanidade que a tanto abandonei,

ao acaso eu regurgito...

Mastigo os minutos de espera, o bucho seco

A fome expande.

Sequencia ao infinito,

tento acordar e não.

A distância é tudo isso que o silêncio demarca

léguas de silêncio meu tímpano consome,

o ouvido seco, surdo expande.

No tempo que se esvai ficando,

Onde o tempo vai quando consumado?

Fazer passar a vida mais de quem?

Ruir que faces jovens mais além?

Nos espaços quentes, úmidos, táteis ,

procuro teu toque em tudo ausente

a mão vazia contrai quase-prece.

pede, espera e reza - apresse.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 03/05/2017
Reeditado em 03/05/2017
Código do texto: T5988372
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