Poema de amar
Bulício intenso,
nos dias sem sol,
de chuvas pesadas,
na sadia privança,
do pacto de amor.
Ah! Poesia doce!
Poesia de amar
indefinidamente...
Cochichos alegres,
tempero de iguaria,
música suave...
O frio vem amigo,
com ventos de afagos...
Ah! Poesia meiga!
Poesia de amar
impossivelmente...
Em quentes perfumes,
a noite se perde,
molente, sem-fim,
sem cansaço ou dor,
quase em silêncio...
Ah! Poesia suave!
Poesia de amar
indubitavelmente...