FLÂMUA
Deito os olhos no horizonte,
que lentamente vai morrendo,
entre os montes à minha frente.
Sinto um ultimo suspiro de dor,
fugir do peito amargurado,
por não tê-la à meu lado.
A noite fria vem chegando,
de braços com a solidão impiedosa.
Tudo é só tristeza e vazio.
Tenho fome, sinto frio.
Preciso de alguém.
Olho em volta e nada...
Ninguém para me acompanhar.
Estou só e esquecido.
Porém, uma minúscula flâmula,
que veio fazer-me companhia,
disse-me:
-Calma, não se afobe.
Quem sabe, algum dia,
ela se lembre de você?
Nova Serrana (MG), 17 de julho de 2007.