FLÂMUA

Deito os olhos no horizonte,

que lentamente vai morrendo,

entre os montes à minha frente.

Sinto um ultimo suspiro de dor,

fugir do peito amargurado,

por não tê-la à meu lado.

A noite fria vem chegando,

de braços com a solidão impiedosa.

Tudo é só tristeza e vazio.

Tenho fome, sinto frio.

Preciso de alguém.

Olho em volta e nada...

Ninguém para me acompanhar.

Estou só e esquecido.

Porém, uma minúscula flâmula,

que veio fazer-me companhia,

disse-me:

-Calma, não se afobe.

Quem sabe, algum dia,

ela se lembre de você?

Nova Serrana (MG), 17 de julho de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 30/04/2017
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