Encontro poético
 
      
Este nosso amor ardente, eufórico e esbraseante,
já existia cá dentro de mim, velado, desse jeito.
Gentilmente ele dormia sossegado em meu peito,
libidinoso e libertino como meu latente amante.
 
Poderíamos chamar isso de uma paixão repentina?
Ou de uma reação química de fogo em combustão?
Me atrevo a chamar de uma indócil excitação,
este desejo quase alucinante de ser tua menina.
 
O fogo de Eros foi aceso, dois corpos em total ebulição.
Somos duas almas que se doam de forma lasciva e carnal.
Nossas bocas se buscam numa frenética entrega passional
Nossos beijos pulsam em nossos corpos com ardor e paixão
 
Ah, mas quando em teus braços me entreguei serena,
vi que dançamos no mesmo compasso aquela canção.
Deixei-me enlaçar no ritmo da tua ávida respiração
e juntos, alcançamos a tão sublime satisfação plena.
 
O suor de nossos corpos parecia o mar em procela.
Naquele turbilhão onde tua alma encontrou a minha,
nem importava se por alguns segundos quem detinha
o comando daquela contradança na passarela.
 
Ah! Este amor sem limites, tão sonhado e agora vivido,
encontrou-me de forma poética, calma e taciturna,
tal como o sol que ilumina a lua com sua luz diurna,
tal um clarão de fogo que detinha em mim adormecido.
 

 
 
 
 
 
 
Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 28/04/2017
Reeditado em 28/04/2017
Código do texto: T5984091
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