Procura
No princípio era o fim
E o que houve foi essa vida
Porque só podia se chamar assim
O verbo procurar,
No futuro imperfeito,
Do quanto se vive.
Procura vaga, corrosiva aos dias
Volátil como tudo que há
Por algo que não está
Em tudo que vemos
E quanto parece
ser mais vida real
Não há mais, nunca chega.
E o verbo morrer
presente reclama
o ateio na chama
que se ACHAVA no ser