Encontro do amor
Dados deixados na folha fina
Do papel pautado
Discorriam em diminutas
Palavras tamanha tarefa
Finalizada
Salpicadas de purpurina
Sob as metas multicoloridas
Matando a dor daqueles
Que davam tudo de si pela vida.
Amada ou mal-amada.
Havia amor ardente
E os que não eram amantes,
De repente, de nada
Naturalmente sabiam,
Gagos e gananciosos, sedentos
De amor se saciavam
E pela a relva rasteira branca
Ave rasantes vôos realizava.
Cada qual cabia no espaço
Diametralmente especificado, determinado
Pela lua lacrimosa e ávida
Trazendo laço amor aos que não eram apaixonados.
E assim o amor avançou pela madrugada afora
Mandriando-se solto e sóbrio
Na vida vadia dos que vagavam
Sem saber o certo se encontrava
O cedro ou pinheiro em que pousava.