Encontro do amor

Dados deixados na folha fina

Do papel pautado

Discorriam em diminutas

Palavras tamanha tarefa

Finalizada

Salpicadas de purpurina

Sob as metas multicoloridas

Matando a dor daqueles

Que davam tudo de si pela vida.

Amada ou mal-amada.

Havia amor ardente

E os que não eram amantes,

De repente, de nada

Naturalmente sabiam,

Gagos e gananciosos, sedentos

De amor se saciavam

E pela a relva rasteira branca

Ave rasantes vôos realizava.

Cada qual cabia no espaço

Diametralmente especificado, determinado

Pela lua lacrimosa e ávida

Trazendo laço amor aos que não eram apaixonados.

E assim o amor avançou pela madrugada afora

Mandriando-se solto e sóbrio

Na vida vadia dos que vagavam

Sem saber o certo se encontrava

O cedro ou pinheiro em que pousava.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/08/2007
Reeditado em 08/08/2007
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