A ESFINGE
Calada e com seu olhar fixo,
Pesarosa, ela observa o tempo que passa...
Mas por dentro, tudo passa, tudo sempre passará...
Passarão as dores, as tristezas,
Passarão principalmente os gozos, as alegrias...
Ah Esfinge!
Ah altiva leoa!
Que no deserto deita...
Que sob o céu, a luz, a lua,
Ecoa... Ecoa...
E soa como rugidos angustiados os teus gozos gozosos,
Tua crina negra, oh... Mística leoa branca!
Emoldura teu sorriso mortal...
Tua boca...
Teu beijo...
Tua respiração...
Meu arfar...