A ESFINGE

Calada e com seu olhar fixo,

Pesarosa, ela observa o tempo que passa...

Mas por dentro, tudo passa, tudo sempre passará...

Passarão as dores, as tristezas,

Passarão principalmente os gozos, as alegrias...

Ah Esfinge!

Ah altiva leoa!

Que no deserto deita...

Que sob o céu, a luz, a lua,

Ecoa... Ecoa...

E soa como rugidos angustiados os teus gozos gozosos,

Tua crina negra, oh... Mística leoa branca!

Emoldura teu sorriso mortal...

Tua boca...

Teu beijo...

Tua respiração...

Meu arfar...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 22/04/2017
Reeditado em 23/04/2017
Código do texto: T5978383
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