JANELAS

Ver pela janela

Quem é ela?

De onde veio?

Com um sorriso lindo

Em meio aos jardins de rosas amarelas

Os espinhos não a machucam

Ver-se pelo reflexo do sol

Os cabelos soltos

E o vento jogando-os no rosto

A boca com os lindos lábios

Com mãos macias

E um olhar que desperta

Tocar o rosto

Sentir a pele macia

Ver a alegria

Sentir a alma

Envolta no corpo

Em noites com chuva

Que lava o corpo

Purifica a alma

Faz barulho no telhado de telhas de barro

Escorre pelo moro

Rumo ao riacho

Que corre pelas montanhas

Ao encontro do grande rio

E segue com destino ao mar

E assim finda-se

Como o olhar em direção a mesma janela

Quem é ela?

Para onde olha?

O que busca nesta vida?

Quem é que está na janela?

(Fábio de Souza, 01/2017)