À rosa

À rosa

Eu conheci à rosa

algo mais sublime que já vi

era tão doce, meiga, perfumada

logo naquele momento

à quis pra mim !

não pra ser só minha dividiria com

o mundo à minha rosa sim

sonhava acordado com ela

por ela sonhava enfim

pensava como seria meus dias

e às noites de amor com ela

seria muito calor ter aquela

que em meu ser logo despertou sonhos,

desejos, paixões...

talvez mesmo amor

no meu ser essa rosa

semeou toda majestosa,

linda, cheirosa, maravilhosa

no primeiro toque sofri

à maior dor !

ela tinha espinhos enormes

pontiagudos ! assustador !

só de olhar pra eles meu coração

logo sangrou sabia minha alma

que eles iriam fundo nas entranhas

da minha carne provocariam

mesmo sem querer sofrimento

me custariam lágrimas !

viveria entre à felicidade

ansiedade talvez o medo

de perde aquele amor

no meu ímpeto de ser eu,

de ser homem, de ser o amor !

avancei contra à rosa

tomei ela com força

no meu desespero de toca-la

profundamente com meu amor

não sabia que à sufocaria

machucaria ou qualquer trauma

faria aquela flor !

esqueci à sutileza sem delicadeza

com minha mão forte agarrei

por sobre os espinhos sem medo

apertei forte ! entraram na minha carne sangrei, chorei com o rosto molhado o coração desolado

naquele momento descobri

que meus atos impensados

à minha rosa causei imensa dor !

hoje sigo meu caminho sabendo

que quem tem espinhos

nem sempre machuca

mal se defende contudo sofre de dor causado por quem não os tem mais acredita mais na força

do que na sutileza do amor.

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 22/04/2017
Reeditado em 25/04/2017
Código do texto: T5977680
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