À rosa
À rosa
Eu conheci à rosa
algo mais sublime que já vi
era tão doce, meiga, perfumada
logo naquele momento
à quis pra mim !
não pra ser só minha dividiria com
o mundo à minha rosa sim
sonhava acordado com ela
por ela sonhava enfim
pensava como seria meus dias
e às noites de amor com ela
seria muito calor ter aquela
que em meu ser logo despertou sonhos,
desejos, paixões...
talvez mesmo amor
no meu ser essa rosa
semeou toda majestosa,
linda, cheirosa, maravilhosa
no primeiro toque sofri
à maior dor !
ela tinha espinhos enormes
pontiagudos ! assustador !
só de olhar pra eles meu coração
logo sangrou sabia minha alma
que eles iriam fundo nas entranhas
da minha carne provocariam
mesmo sem querer sofrimento
me custariam lágrimas !
viveria entre à felicidade
ansiedade talvez o medo
de perde aquele amor
no meu ímpeto de ser eu,
de ser homem, de ser o amor !
avancei contra à rosa
tomei ela com força
no meu desespero de toca-la
profundamente com meu amor
não sabia que à sufocaria
machucaria ou qualquer trauma
faria aquela flor !
esqueci à sutileza sem delicadeza
com minha mão forte agarrei
por sobre os espinhos sem medo
apertei forte ! entraram na minha carne sangrei, chorei com o rosto molhado o coração desolado
naquele momento descobri
que meus atos impensados
à minha rosa causei imensa dor !
hoje sigo meu caminho sabendo
que quem tem espinhos
nem sempre machuca
mal se defende contudo sofre de dor causado por quem não os tem mais acredita mais na força
do que na sutileza do amor.
Ricardo do Lago Matos