ÁGUAS TURBULENTAS
Meu olhar se perde esquecido,
por entre as ruas que a procuro.
Sinto-me como um barquinho de papel,
pequenino, frágil e esquecido,
dentro de águas turbulentas,
prestes a me afundarem.
Bem sei que o porto esta distante
e talvez não encontrarei socorro.
Pois sem o farol do seu olhar,
minhas noites são intermináveis.
E por não ter seu ombro amigo
é que me sinto cada vez mais pedido,
dentro das águas turbulentas.
Não vejo mais o porto,
nem consigo alcançar as estrelas.
Tudo aqui é muito triste sem você.
Ando pelas ruas vazia, sem nenhuma graça,
e tudo que consigo ver ou tocar,
lembra-me sempre de você.
Já não sei mais o que faço,
longe do seu olhar
e carente do seu abraço
Nova Serrana (MG), 11 de fevereiro de 2007.