que não te sentia dentro da noite,
     a voar comigo, a arder comigo,
     por entre as bermas dos lençóis
     ao aninhar-se comigo
     Não ouvia sequer a tua voz,
     como um milagre doloroso
     a diluir-me toda,
     a voar comigo, a arder comigo
     Houve um tempo
     que as tuas mãos
     não abriam a minha pele,
     e o teu fogo
     não prendia-me à tua carne ;
     apenas o sonho brumoso
     de te amar loucamente, seguia,
     a voar comigo, a arder comigo.



 



Ouvindo... 

 

DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 20/04/2017
Código do texto: T5976429
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