Ainda
Dilacerado está um coração que ama
Que espera e ainda sonha
Que faz da espera a cortina do olhar e da janela
Que segura com os frágeis braços o seu destino
E o vê sucumbir ao último raio do luar. ..
Não abandono os meus versos
Que ainda são uma (des)esperança
Uma saudade que tem perfume
Tem nome. ..Tem lágrimas. ..
O teu silêncio arrasta as tardes vãs
E não importa se serão de chuva ou de sol
Que no para-brisa refletem o ausente olhar
Sinto a tua falta com um aperto no peito
Daquele jeito que só quem ama descreve
Sinto saudade
Sinto teus passos nas calçadas por onde andamos
Sinto que o nosso tempo se perde a cada manhã
Sinto amor. ..
Te vejo tão longe
Mas não conjugo verbos no passado
Ainda...
P.S. Se para ti sou ontem, lê com os verbos no pretérito...