Sílex
Estou num mar de pedras
silencioso.
Ao longe, rosna o tempo fundamental
como cão de fila no desespero das ausências.
Escondo-me do teu olhar e tenho palavras
que desconheço.
De amor não sei.
Vivo como se eu fosse do teu corpo
a melodia, o âmago da noite, a explosão.
No fim somos nós a morte
num quieto mar de pedras.