Um Poema Mais
Um Poema Mais
Somos dois troncos erectos,
dois corpos que se atraíram
de cepos enraizados de paixão,
e nossos braços se entrelaçam
como ramos enleados no alto;
e a seiva corre-nos tumultuosa
emergindo na junção dos corpos.
Nossos lábios são o vínculo
que selam o ardor dos corações
e nossos olhos molhados se encerram
no sonho osmósico da irrealidade.
Somos salgueiros na beira-rio
plantados na beleza e no eterno
como a bela Isolda amada e amante
de Tristão, sorrindo da tristeza,
ditando palavras psitacísmicas
que lavram folhas pungentes
num poema fútil, quiçá insano.
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